terça-feira, junho 06, 2006



Habitas-me a mente nos limites
Mesmo do sono e da consciência,
A tua presença
Assombra-me os dias e as noites,
Estás comigo.

Habitas-me. As mãos que
Trabalham, absortas,
Em ti.
Os olhos.

(Habitas-me os pensamentos secretos da cara
de todos os dias
com o brilho inesperado do ouro sob o negro)


Mesmo que tivesse
Muitas coisas
E todas as pessoas conhecessem
o meu nome
mesmo assim a tua presença me assombraria:
algo em mim te chamaria,
mudo
da necessidade de ti em mim,
nos meus passos.

(algo em ti que me chama
e que me
prende)

Procuro nos teus gestos uma palavra que me diga
Vem, e eu iria,
Perder-me no mais ínfimo dos teus gestos.

(uma pestana caída na tua face
a tatuagem
que usas sob a pele
o gesto distraído de mãos)

Habitas-me sempre, por detrás dos meus olhos
E do meu rosto e da minha
Pele,
És aquilo de novo e milagroso que me
Assombra
Eu a casca que te protege de todas as coisas.

1 comentário:

*@rclight* disse...

a imagem é mto bonita
o texto lindo de s ler
adorei a tua expressão!

abraço