quarta-feira, setembro 30, 2009
segunda-feira, setembro 28, 2009
Ecos
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segunda-feira, julho 13, 2009
Objectos XIV
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domingo, junho 28, 2009
As virtudes

Quando as esperanças são estiletes, finos, cruéis estiletes a acariciar-nos a pele, como manter em nós a fé, como continuar? Quando nos fere como a água os sedentos, como a pena aos orgulhosos? Antes a libertação de não ter, querer ou esperar nada, a libertação de não ter corações ou âncoras a segurar-nos ao mundo dos outros. Antes a libertação de não esperar mais.
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terça-feira, abril 21, 2009
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sexta-feira, abril 17, 2009
A criança que fui corre ainda pelos bosques negros, tropeçando ainda em todas as pedras, cheia ainda dos terrores inocentes de bichas-de-sete-cabeças e de fados, dos sétimos filhos de sétimos filhos fadados a correr o mundo, transmutados em bichos comuns, porcos, cabras, lobos. Nesse imaginário podemos ainda, contra o mal, usar os talismãs inocentes segredados no recreio, cruzar tesouras à entrada, espalhar sal marinho à nossa volta e batermos na madeira, agarrar com as duas mãos os ramos do domingo de páscoa, a boca em cruz e sangue partilhado dos juramentos, as mãos dadas contra a trovoada e Santa Bárbara em esplendor de cabelhos molhados para fazer chover. É tudo tão simples ainda, para ela, que ainda não caíu na toca do coelho, que ainda conhece todas as certezas de cor e salteado, que ainda pode responder pelo bem e pelo mal e tudo se pode guardar tão simples, como seixos coloridos, penas, flores secas e dentes-de-leão a que se sopravam as delicadas hastes e se viam voar na luz esplendorosa de verões intermináveis.
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sábado, março 28, 2009
Intermission
Às vezes não sou melhor que isto, que esta saudade insuportável, esta nostalgia à flor da pele, dolorosamente lenta e doce, até à náusea, até às lágrimas não desejadas, nunca desejadas. Neste intervalo, neste breve intervalo em que me fazes falta, volto de novo àquela tarde de sol e vento e estou de novo onde estava, com o meu coração não solicitado de novo nas mãos estendidas, tão estupidamente vulnerável, tão pouco inteligente, ou sábio ou resistente, frágil. Alguém devia, para minha paz de espírito, banir de vez o grito das gaivotas em tardes de sol, bani-las para que nunca pudesse estar como estou agora, num intervalo entre a vida e as possibilidades não cumpridas. Mais uma vez.
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