quinta-feira, outubro 01, 2009

Sonata de Outono




Ressoa, ao nosso redor, o silêncio fecundo e escuro das raízes , a escuridão de todas as coisas que vivem e crescem e são muitas, constantemente em mudança. Somos na noite como quem hiberna, somos na noite como quem se firma na terra e se alimenta e cresce entre todas as escuridões fecundas, somos na noite como o que se não vê em círculo de coisas que acabam e coisas que começam sempre, incontroláveis. Seremos os dois assim, raízes envoltas em silêncios, quando o mundo morre e explode à nossa volta em cacofonias de vermelhos e amarelos e laranjas finais, dormimos envoltos em vida. E ressurgiremos na luz, frágeis, ternos,finitos, como todas as coisas que nascem e florescem.

Sem comentários: