segunda-feira, outubro 09, 2006

Note to self

Ah, como as coisas doem menos se nos rirmos delas, como nada tem importância. Todas as coisas se acabam assim, em farsa, um alívio cómico de todo o pathos, uma piadinha seca e inteligente. Uma volta de inteligência até ao cómico em que as coisas perdem a sua importância. Nada mais te tocará, nada mais poderá fazê-lo, uma bolha de gás ácido de riso e de auto-crítica, uma volta por cima a partir do próprio rabo no chão, o riso da própria dor. Nada mais te poderá tocar assim, nunca nada mais te irá fazer pior que este riso. Nada.

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