quinta-feira, outubro 15, 2009

Frutos


Sabes-me ao doce-doce-amargo das romãs, o carmesim intenso nas faces das manhãs geladas, o vermelho que escorre, inevitável em rios de doçura nas mãos deixando a sua marca. Seremos o fruto e as mãos no Outono que desliza até à morte, seremos na pele e nas mãos o vermelho-vivo de ser tudo, o vermelho-forte das coisas que permanecem, doce-doce- amargas num mundo em que nada permanece nem nada é senão em pequenos lampejos de luz branca-forte, vermelha-viva, como as romãs.

1 comentário:

cazarim de beauvoir disse...

desse vermelho, que nos é sangue no peito e às vezes nas mãos, reside dionísio.