segunda-feira, dezembro 11, 2006

Viagem



Para a Cookie, com esperança

Por todos os sítios que passo procuro o traço que me possa levar a casa, procuro o lugar onde descarregar e abrir a alma, o conforto da luz acesa para mim. Poderás tu, com paciência, abrir-me e descobrir-me como as romãs, poderás tu abrir-me e descobrir-me como as coisas secretas e fechadas?

O meu coração é uma casa fechada, poderás encontrar-lhe a chave e morar nele? As minhas viagens têm o tamanho da minha solidão, procuro a familiaridade de um sítio onde pousar as minhas mágoas as minhas dores, qualquer coisa que me use o coração e o faça funcionar, qualquer coisa que o justifique. Procuro a casa onde descarregar as mágoas, a tua casa.

Poderás tu abrir-me os recantos secretos de romã, poderás tu abrir-me e explorar-me como os aventureiros às ilhas? Construo a minha vida na espera dessa chave, da tua chave. E viajo sempre a caminho de casa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei, com a música de fundo e com os problemas de fundo, quase que me apeteceu deixar escorrer as lágrimas, mesmo...obrigada...Beijinhos. Às vezes, parece que me falta um braço, e olha que eu não sou assim tão sentimental, ao pelo menos quero esquecer que sou.Nô.