Note to self
Ah, como as coisas doem menos se nos rirmos delas, como nada tem importância. Todas as coisas se acabam assim, em farsa, um alívio cómico de todo o pathos, uma piadinha seca e inteligente. Uma volta de inteligência até ao cómico em que as coisas perdem a sua importância. Nada mais te tocará, nada mais poderá fazê-lo, uma bolha de gás ácido de riso e de auto-crítica, uma volta por cima a partir do próprio rabo no chão, o riso da própria dor. Nada mais te poderá tocar assim, nunca nada mais te irá fazer pior que este riso. Nada.
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